Friburgo é considerada a capital ecológica da Alemanha desde 1992 quando recebeu um prêmio com esta denominação após a aprovação em 1986 de medidas que exigiam requisitos de sustentabilidade em seus projetos de energia e transporte com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.
Resultado disso, hoje em dia há centenas de painéis solares instalados nas coberturas de seus edifícios que aproveitam o potencial energético das 1.800 horas de luz do sol anuais que banham a cidade localizada no "cinturão solar" da Alemanha. Além disso, a cidade conta com uma rede cicloviária de 400km de extensão que faz dela o epicentro do ciclismo urbano do país.
Além disso, a cidade desenvolveu diversos planos para aumentar a quantidade de áreas verdes, diminuir a poluição acústica e ter espaços públicos mais atrativos que fomentem as caminhas e o uso da bicicleta.
No entanto, existe um projeto concebido pelo escritório do arquiteto alemão Rolf Disch que se destaca por ter feito o bairro de Schlierberg produzir quatro vezes mais energia que a necessária para seu funcionamento através do emprego de painéis solares.
O projeto foi desenvolvido como parte de um plano de regeneração urbana para o distrito de Vauban que desde o início dos anos 1990 era usado como base militar. Ali foram construídas 60 habitações e em cada uma foi instalado um painel solar que está ligado à rede urbana e pode produzir até 445 kWh.
Deste modo, a produção anual de energia elétrica proveniente do sol é de 420.000 kWh, isto é, quatro vezes mais que o consumido anualmente pelo conjunto de habitações. Com essa produção, somada ao projeto de eficiência energética das unidades, evita-se o consumo de até 200 mil litros de petróleo e a emissão de até 500 toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera a cada ano.
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